O que é?
O mapeamento da retina é um exame complementar, em que todo o fundo do olho e as suas estruturas são avaliados.
Difere da fundoscopia simples porque neste exame só as estruturas centrais do fundo do olho são visualizadas.
O mapeamento da retina é feito com a utilização de um aparelho chamado oftalmoscópio indireto e com o auxílio de uma lente que o médico segura entre o olho e o aparelho, a qual neutraliza o poder de refração da córnea e, assim, permite a visualização das estruturas internas.
Devido à forte luz utilizada, mesmo em olhos com opacidades de meios como catarata ou doenças da córnea, o exame é possível.
Porque é tão importante?
Entre as estruturas internas do olho, encontramos: a papila, que é o início do nervo óptico; a retina, que é responsável pela captação das imagens; vasos sanguíneos (veias e artérias) e a coróide, que é um tecido com vascularização intensa.
O fundo do olho é o único local do corpo humano onde podemos examinar diretamente, sem invasão, nervos e vasos. Por esse motivo, é possível diagnosticar e avaliar a evolução de doenças sistêmicas como hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, doenças neurológicas, doenças hematológicas, qualquer outra doença que resulte em alteração vascular, sanguínea ou nos nervos e, além dessas alterações, todas as outras doenças do próprio olho.
O nervo óptico pode estar alterado devido ao glaucoma, a inflamações, à má formação e a outras doenças. Os vasos podem apresentar alterações devido a doenças sistêmicas já citadas, além de tromboses (obstruções), inflamações, embolias e outras.
A retina é a estrutura que maior número de alterações pode apresentar: isquemias, degenerações, inflamações, hemorragias, intoxicação medicamentosa, descolamento (quando se solta da parede interna do olho), tumores, buracos e outras alterações periféricas.
Quem deve fazer o exame?
Todos os pacientes que serão submetidos a um procedimento cirúrgico no olho.
Além de poder diagnosticar várias doenças e acompanhar a sua evolução, o exame e o tratamento precoce de alterações retinianas podem evitar a perda da visão por doenças já existentes e restabelecer a visão naqueles que já apresentam algum déficit visual.